A Secretaria de Estado de Educação, por meio do Centro Estadual de Formação de Professores Indígenas de Mato Grosso do Sul, realizou na sexta-feira (15) a cerimônia de formatura da primeira turma do Curso Normal Médio Indígena – Povos do Pantanal, no Campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Aquidauana. O curso habilitou 76 professores para atuarem nos anos iniciais do Ensino Fundamental nas escolas indígenas.
Na formatura estavam representadas as etnias Atikum, Guató, Kadiwéu, Kinikinau, Ofaié e Terena. De acordo com a secretária de Estado de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa, o Centro Estadual de Formação de Professores Indígenas foi criado para oferecer formação específica e diferenciada para as comunidades indígenas. “A proposta do Centro é valorizar a diversidade sociocultural das diferentes etnias, sendo um apoio importante na formação de professores e professoras indígenas para a docência e para a condução da gestão pedagógica e curricular das escolas indígenas”, diz.
O Curso Normal Médio Indígena - Povos do Pantanal, em Aquidauana, começou em julho de 2007 para formar professores indígenas da região do Pantanal em nível médio com habilitação para o exercício do Magistério em Educação nas Comunidades indígenas, para atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental e na Educação Infantil. Durante o curso, os alunos produziram seis cartilhas de etnomatemática específicas para cada etnia, depois de colher dados nas aldeias, por meio de entrevistas com membros da família, professores e mestres tradicionais.
“A língua da publicação, o texto e os desenhos das cartilhas foram definidos pelos próprios alunos. Após a impressão do material, cerca de três mil cartilhas serão distribuídas para as escolas indígenas das Redes de Ensino Estadual e Municipais de Mato Grosso do Sul”, explica a secretária de Estado de Educação, que desde 2007 enfrenta os desafios propostos para implementação e melhoria da Educação Escolar Indígena.
Para os alunos do Ensino Médio, o governo do Estado construiu sete escolas, todas dotadas de seis salas de aula, sala de informática e leitura, com anexos administrativos, sala para direção, secretaria, sala dos professores, banheiros, cozinha e pátio coberto. Seis delas já estão em funcionamento: três em Aquidauana (Aldeia Lagoinha, Bananal e Limão Verde); uma em Amambai (Aldeia Amambaí); uma em Dourados (Aldeia Jaguapirú); uma em Miranda (Aldeia Cachoeirinha) e uma em Nioaque (Aldeia Brejão).
É importante ressaltar que todas as escolas indígenas da Rede Estadual recebem do governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Educação repasse financeiro para o transporte escolar e para a aquisição de merenda escolar com cardápio diferenciado, além de kit escolar, agenda e uniformes para os alunos. O material didático é especializado, com escrita e leitura relacionadas a diversos campos de interesse em português e línguas indígenas.
Em parceria com a UFMS, o governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Educação, atende a uma necessidade dos povos indígenas da região do Pantanal e oferece o Programa de Licenciatura Indígena, específico e diferenciado para as etnias Atikum, Guató, Kinikinaua, Kadiwéu, Ofaié e Terena. A SED também participa da contratação de cedência de professores para o Curso de Licenciatura Indígena Povos do Pantanal. “Com essas ações, acreditamos contribuir para a construção de uma Educação Escolar Indígena de qualidade, bilíngue e intercultural para as atuais e futuras gerações indígenas de Mato Grosso do Sul”, comemora a secretária de Estado de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa.
Fonte: SED
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