Aplicativo auxilia crianças com deficiência

Que a internet revolucionou a maneira como as pessoas se relacionam com a saúde não é novidade. Da precisão do diagnóstico ao acesso à informação, a tecnologia tem trazido mudanças significativas em diversos segmentos. Agora, desenvolvedores investem no segmento de saúde e bem-estar para propor programas cada vez mais inteligentes.
Um exemplo disso é a criança com deficiência. Segundo o censo de 2010, 7,5% das crianças brasileiras de 0 a 14 anos têm alguma deficiência. Com as ferramentas de acessibilidade disponíveis em tablets e celulares, o acesso a livros e outros programas ficou muito mais simples. Atentos à demanda, programadores começam a desenvolver softwares cada vez mais específicos.
Um bom exemplo é o aplicativo para iPads “Minha Rotina Especial”, lançado em abril na App Store, que tem como proposta organizar a rotina e usá-la como um estímulo para o aprendizado e o desenvolvimento da criança com deficiência. Os criadores, o empresário Paulo Zamboni e o terapeuta ocupacional Regis Nepomuceno, explicam que o programa foi desenvolvido considerando as principais demandas de crianças com autismo, síndromes ou déficits motores ou cognitivos O objetivo é oferecer não apenas a organização da rotina, mas estímulos para o desenvolvimento e integração de informações para facilitar a comunicação entre os diferentes profissionais, ou seja, um facilitador para a criança, seus familiares e equipe especializada.
A parceria entre o empresário e o terapeuta ocupacional revela um pouco da alma do aplicativo: a integração de saberes para promover o desenvolvimento de crianças com diferentes perfis. Paulo é empresário e especialista em aplicativos, tem um filho autista que adora tecnologia e conhece bem os desafios da rotina para uma criança que precisa se preparar para cada uma de suas atividades. Já Régis tem ampla experiência em orientação e consultoria na inclusão e estimulação cognitiva, para que tanto no ambiente escolar como em casa as crianças possam participar das tarefas com a maior autonomia possível e se integrar aos diversos ambientes.
Ambos conhecem os desafios dessa rotina especial: o planejamento para tantas atividades, a importância da personalização, a comunicação entre os profissionais que atendem a criança e, não menos importante, o fascínio que a tecnologia exerce e as opções de acessibilidade, para alcançar diferentes públicos.
O conhecimento da família sobre a execução das tarefas, aquilo que a criança mostra mais resistência ou dificuldade para fazer, os interesses e características são informações que nem sempre a escola e os profissionais de reabilitação conseguem acompanhar. Promover o trabalho conjunto e estimular o desenvolvimento da criança são alguns dos objetivos do programa. “Quanto mais as informações estiverem ao alcance de toda a equipe e quanto mais a criança participar dessa rotina, do planejamento à execução das tarefas, melhor será seu desenvolvimento, em todos os ambientes”, defende Régis.
“Se a criança já usa e gosta de um aparelho, nada melhor do que fazer dele um canal de aprendizagem, lúdico e estimulante e oferecer isso para o máximo de famílias, já que tanto a rotina como a integração da comunicação entre os profissionais é um desafio comum a tanta gente”, defende Paulo.
O programa é exclusivo em seu segmento, mas se une a outros que auxiliam deficientes visuais, que trazem informações de mobilidade, prontuários médicos e tantas outras informações de acessibilidade e saúde, em celulares, tablets e, agora até relógios. A cada dia mais, a saúde e as informações ficam ao alcance das mãos. Ou do pulso.

Para saber mais acesse: http://minharotina.com.br/

Fonte: deficienteciente

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