Dois
amigos de Campinas, no interior de São Paulo, desenvolveram um aplicativo capaz
de tornar a música acessível para portadores de deficiência auditiva e ainda
permite que eles aprendam a tocar músicas inteiras.
Isso
é possível porque as ondas sonoras são vibrações que, ao atingirem os tímpanos,
se transformam em impulsos elétricos graças aos nervos auditivos. Esses
impulsos são interpretados pelo cérebro como vozes, notas, o que for.
Um
deficiente auditivo não interpreta as ondas sonoras, muitas vezes por problemas
nesse nervo. Mas ele sente a vibração da mesma forma que os não portadores da
deficiência.
Estudos
sugerem que a experiência que os deficientes auditivos têm quando ‘sentem’ a
música é similar à experiência de ouvir música para outras pessoas sem essa
condição. A percepção das vibrações musicais pelos deficientes auditivos é tão
real quanto seu equivalente sonoro, por serem ambos processados na mesma região
do cérebro.
Batizado
de Ludwig, o projeto criado por Raphael Silva, 23 anos, e Ivan Ortiz, 29 anos, foi
reconhecido internacionalmente, com destaque na Conferência Mundial para
Desenvolvedores (WWDC sigla para Worldwide Developers Conference), promovida
pela Apple entre os na semana passada, em São Francisco (EUA).
O
Ludwig, cujo nome homenageia Beethoven (que compôs mesmo surdo em grande parte
da vida), começará a ser oferecido gratuitamente até o final deste ano, com uma
pulseira vibratória que será vendida por um preço ainda não definido.
Fonte: Catraca Livre
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