A
Secretaria de Estado de Educação (SED) promoverá, no dia 15 de
setembro, o “Dia Estadual de Combate ao Bullying Escolar”. A atividade
será realizada simultaneamente nas 356 escolas estaduais de Mato Grosso
do Sul e contará com atividades e jogos educativos adaptados para o tema
como apresentações de teatro, concurso de paródias e palestras. O
evento será aberto às famílias e, para envolver ainda mais a comunidade,
os estudantes farão uma panfletagem às 8 horas e às 16 horas.
O
“Dia Estadual de Combate ao Bullying Escolar” é mais uma ação da SED
para lidar com o fenômeno. Dentre outras iniciativas que já permeiam a
rotina das escolas e em cumprimento à Lei nº 3887, de 6 de maio de 2010,
instituiu nas unidades da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul
a formação do “Comitê de Conscientização, Prevenção e Combate o
Bullying Escolar". O objetivo do comitê é mobilizar a comunidade para
ações de sensibilização e conscientização pautadas nas mudanças de
postura e de atitudes, alcançando, desta forma, o combate ao bullying.
Os
cartazes e os folhetos distribuídos nas escolas para ilustrar a
campanha foram produzidos durante um concurso realizado entre 30
estudantes do curso técnico de Comunicação Visual do Centro de Educação
Profissional Ezequiel Ferreira Lime (Cepef) e escolhidos por uma
comissão julgadora da SED. Durante o processo de criação, os alunos
assistiram diversos vídeos sobre o tema, pesquisaram na internet e
trocaram experiências.
Para
a secretária de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul e presidente
do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Maria Nilene
Badeca da Costa, “é preciso que a escola tenha um olhar atento. Os
professores e o restante da equipe devem observar sinais de violência,
procurando os agressores e atendendo as vítimas, mas o principal é tomar
iniciativas de prevenção, como a supervisão na hora do recreio, a
promoção de palestras e debates sobre o tema e a inclusão na rotina
escolar do respeito mútuo e da afetividade, tendo como foco as relações
humanas”.
Bullying
De
acordo com o dicionário Aulete de língua portuguesa, o termo bullying
“compreende toda forma de agressão, intencional e repetida, sem motivo
aparente, em que se faz uso do poder ou força para intimidar ou
perseguir alguém, que pode ficar traumatizado, com baixa autoestima ou
problemas de relacionamento”. O termo bullying tem origem na palavra
inglesa bully, que significa valentão, brigão. É entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
O
bullying sempre existiu, mas foi no final da década de 1970 que Dan
Olweus, um professor da Universidade da Noruega, passou a estudar as
tendências suicidas entre adolescentes e percebeu que a maioria desses
jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying
era um mal a se combater. Hoje, o fenômeno está mais popular, está mais
visível com a influência dos meios eletrônicos, com a internet e com a
televisão.
De
acordo com Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora
da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
para ser dada como bullying, a agressão física ou moral precisa
apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a
repetição da agressão, a presença de um público espectador e a
concordância do alvo com relação à ofensa. “Quando o alvo supera o
motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor”,
explica a especialista.
Fique atento aos sinais:
- Falta de vontade de ir à escola;
- Sentir-se mal perto da hora de sair de casa;
- Pedir constantemente para trocar de escola;
- Pedir para não ser levado à escola;
- Apresentar baixo rendimento escolar;
- Voltar da escola com roupas ou livros rasgados;
- Abandono dos estudos;
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A
Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e
Adolescência (Abrapia) sugere as seguintes atitudes para um ambiente
saudável na escola:
- Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
- Estimular os estudantes a informar os casos;
- Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
- Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
- Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
- Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.
(Com informações da Revista Nova Escola)
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